O
secretário estadual de Defesa Social, Wilson Damázio, informou, na manhã desta
quarta-feira (16), a prisão de um homem suspeito de ter atirado no promotor do
Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Thiago Faria Soares. O homem,
identificado como Edmacyr Cruz Ubirajara, foi reconhecido pela noiva da vítima,
Mysheva Martins, que estava no carro do promotor quando ele foi emboscado e
morto na manhã da última segunda-feira.
O suspeito será apresentado no auditório da Secretaria de Defesa
Social (SDS), no bairro de Santo Amaro, no Recife. Edmacyr seria o cunhado do
fazendeiro José Maria Pedro Rosendo Barbosa, apontado pela polícia como
mandante do crime e que continua foragido.
Ainda de
acordo com o secretário, o crime também teria contado com a participação de
mais três atiradores, uma vez que a polícia trabalha com a hipótese de que
quatro pessoas estariam no carro que interceptou o veículo do promotor.
"O Edmacyr era alvo da operação desde início da investigação. Ainda na
segunda-feira conseguimos chegar até ele, mas ele conseguiu fugir. Na tarde de
ontem, o suspeito se apresentou à Delegacia de Águas Belas com um advogado, mas
acabou detido, uma vez que já havia um mandado de prisão expedido por crime de
roubo. Agora, já foi decretada a prisão temporária do suspeito e a principal
testemunha fez o reconhecimento fotográfico dele. O caso está esclarecido”,
detalhou Damázio.
O fazendeiro também é acusado de mandar matar, em 1990, o então prefeito de
Águas Belas, Hildebrando Albuquerque de Lima. O político saiu ileso, mas dois
dos quatro policiais militares que estavam com ele morreram. José Maria também
foi uma das peças principais da CPI da Pistolagem, em 2000.
“O suspeito tem uma ficha criminal longa, inclusive responde por homicídios de
dois policiais militares e uma tentativa de assassinato contra um ex-prefeito”,
confirmou Oswaldo Morais, chefe da Polícia Civil.
A causa da execução
pode ter sido disputa de terra. De acordo com Morais, o pai da noiva do
promotor, Mysheva Martins, teria arrematado 25 hectares da Fazenda Nova,
em Águas Belas, em um leilão da Justiça do Trabalho. José Maria de
Paula se sentiu prejudicado e se recusou a deixar a propriedade, que,
segundo o chefe da polícia, "faz parte de um espólio que há oito anos se
arrasta na Justiça".
Fonte: angelim.com
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